Ponto de Viragem

Mais um dia mais uma viagem. A viagem de hoje correu um pouco melhor.

Começamos bem o dia com uma vitória motivadora contra o 11 do ranking mundial (o francês Morvan). A regata foi bem disputada embora o francês tenha largado com a desvantagem de uma penalização. O vento era fraco mas o campo de regatas estava muito mais estável do que no dia anterior.

A regata ainda foi protestada pelo velejador francês que não estava contente com a prestação da comissão de regata. Na verdade a comissão não cometeu nenhum erro, e a equipa francesa estava a penas a tentar a sua sorte na parte administrativa.

O facto de estar menos vento, termos mudado de barco (um pouco mais funcional) e termos tido um dia de reflexão penso que foi positivo para conseguirmos uma prestação melhor.

A segunda regata do dia foi contra o Eslovaco Jure Orel. Optámos por controlar o lado direito da largada e com o pouco vento que se fazia sentir acabou por se revelar uma má opção. Tentamos levar o adversário até ao Layline mas o vento rodou para a esquerda e fez com que o eslovaco conseguisse passar à nossa frente não nos dando hipóstes no resto da regata.

A terceira regata do dia foi contra o Suíço Eric Monnin. Desta vez optámos por controlar o lado esquerdo da largada ao contrário do que tínhamos feito na segunda regata. Não o fizemos muito bem porque não nos aproximamos o suficiente da equipa adversária. Mesmo assim conseguimos orçar mais do que o adversário e pouco antes de chegar ao “layline” conseguimos virar de bordo e passar à frente do suíço, depois foi só controlar a regata que acabámos por ganhar.

A quarta regata coincidiu com a troca de barcos. Passamos para o barco da “Samesung”, barco preto com velas pretas e balão preto. Bem giro o barco, mas com alguns defeitos. Como as velas têm grandes autocolantes, dos patrocinadores, são um pouco mais pesadas e difíceis de “trimmar”. Com este barco largámos sempre a bombordo e sentimos grandes dificuldades na quarta e quinta regata acabando por as perder.

Já quando estávamos a ficar novamente desmoralizados tivemos novamente uma nova regata de sonho. Desta vez foi contra o local Marek Stanczyk conseguimos a vitória na pré-largada onde largámos à frente e conseguimos que eles ficassem com uma penalização. Mesmo assim ainda trememos um pouco e acabámos a regata muito juntos.

Agora estamos à espera dos resultados das outras equipas para ver o que acontece. Muito dificilmente conseguiremos passar à próxima fase, mas existem muitas equipas empatadas com 4 vitórias.

Queria aproveitar para chamar a atenção de uma nova promessa da vela nacional. Duarte Neves, o proa e mágico da equipa, teve muito bem em termos de táctica de match racing e ajudou muito a equipa Stap / Aigle nas vitórias que conseguiu alcançar. Os restantes elementos também merecem os parabéns. Eu, o Rui Coelho e o Rúbrio Basílio que até agora conseguimos vencer quatro regatas contra grandes nomes do match racing internacional (11º, 12º, 30º e 36º).

Até já.

Equipa Stap / Aigle – Rui Bóia