sábado, 22 de setembro de 2007

1ª Qualificação WMRT 2008, Langernagem, Alemanha (2º Dia)



O segundo dia voltou a começar cedo. Seis da manhã (hora de Portugal) e já estávamos todos a acordar. Cinco graus de temperatura no exterior e zero nós de vento esperavam-nos no exterior, mas a vontade de fazer regatas e a expectativa de como iria correr o dia deu-nos a força que precisávamos.

Tomámos o pequeno-almoço no clube por volta das oito horas locais junto das instalações do clube e tivemos uma pequena reunião para sorteio dos barcos. Chegamos atrasados à reunião, cerca de 5 minutos, e mal nos sentámos tivemos logo que ouvir o Rudi (um dos organizadores da prova) a dizer que não tolerava atrasos e se amanhã acontecesse-se a mesma coisa levávamos “falta de material”. (O Tuga não consegue chegar a horas, pode até acordar a horas mas tem sempre que chegar cinco minutos atrasado).

Calhou-nos o barco nº6 e tal como aconteceu no Europeu fomos os primeiros a começar a primeira regata do campeonato. A ordem de regatas até nos saiu favorável uma vez que o grau de dificuldade de cada regata ia supostamente aumentado ao longo do decorrer do “round-robin”. Primeiro contra os piores do ranking e por último a equipa mais cotada. Esta aparente vantagem acabou por não se concretizar, porque começamos logo com uma derrota. Vento muito fraco do quadrante Oeste com uma pré-largada que era preciso adivinhar se passados dois minutos conseguíamos estar em cima da linha de largada com velocidade e numa boa posição.

Acabámos por largar ligeiramente a barlavento do adversário mas com menos velocidade nunca nos conseguindo aproximar e criar oportunidades para o passar. A derrota foi um pouco desmoralizadora uma vez que este vento é um dos nossos piores pontos fracos e é frustrante não conseguir melhorar a nossa prestação nestas condições.

No segundo “flight” do dia tivemos descanso e ficamos a observar os nossos adversários. Mas na verdade não havia muito para ver. A regata mais parecia uma corrida de caracóis e qualquer conversa que tínhamos a bordo acabava por ser muito mais interessante que a “corrida”. Ainda para mais com dois madeirenses, o Duarrrte e um sábio (Carlos Eduardo).

A nossa segunda regata, contra o Alemão Phillipp Kadelbach teve uma primeira tentativa de regata que foi anulada por (muita) falta de vento, ou seja, o vento esteve com zero nós durante cerca de cinco minutos e nessa altura decidiram cancelar a regata. Passado mais de duas horas, muita conversa, frio, sol, algumas fotos e algum ressonar voltamos novamente ao modo regata. Desta vez o vento já estava com cerca de 5 nós (uau!!!) e começou novamente o procedimento de largada.

A regata correu em geral bem, conseguimos proteger o lado da largada que queríamos (a bóia) e largámos cerca de 4 comprimentos à frente. A nossa velocidade no início da largada estava bom, mas rapidamente a equipa adversária começou a ganhar terreno, tivemos que fazer um pequeno ajuste às velas e corrigir o rumo (mais arribados) e conseguimos voltar a ter uma boa posição. Após esta fase conseguimos fazer uma regata relativamente tranquila., no entanto, na última popa ainda tivemos quase a ver a vitória a nos escapar. Depois de ter cerca de 10 comprimentos de vantagem na última popa, a equipa alemã navegou numa zona com mais pressão e com duas cambadelas melhores acabou a regata colada a nós e perdeu apenas por 1 metro de distância (UFF!).

No quarto “flight” do dia foi a vez de entrarem em campo as equipas do segundo grupo. Destas regatas temos poucas informações porque fomos para terra e ao contrário do que é habitual aqui não se consegue ver as regatas de terra. Tivemos cerca de 3 horas à espera (até às 5 horas locais) e depois de algum “não fazer nada” fomos novamente para a água. Ao chegar ao campo de regatas o vento que estava nos 5 nós passou novamente “à estaca zero” como de manhã e voltamos para terra como tínhamos partido: Uma derrota e uma vitória.

Para conseguirmos passar à fase seguinte temos agora que vencer uma das duas regatas que temos para fazer. Nestas condições penso que não vai ser fácil, mas tudo faremos para o tentar conseguir.

As regatas acabaram com uma jantarada no clube, de cerveja, sopa e salsicha alemã.

Chegando a casa ainda deu tempo para falar um pouco com as anfitriães da casa (Rudi e Maddy) onde estamos instalados e que estão habituadas a pessoal da vela (desta vez calhou-lhes os Tugas e têm que se aguentar).

Agora é altura do Remongel, esticar o dedo mindinho, afinar as muletas, o braço articulado e descansar para amanhã acordar novamente às seis da manhã (hora portuguesa) e dar graxa ao sapato.

Um abraço e até amanhã,
Equipa Stap / Aigle - Rui Bóia

1 comentário:

Anónimo disse...

Com uma equipa de 2 Mmadeirenses, um Duarrrte e um Ssábio, talvez seja melhor aproveitar os momentos em que o gigante ADAMASTOR não está a soprar(é verdade que ele não passou por essas bandas, nos tempos aureos das conquistas portuguesas) para definir estratégias,talvez observando os adversários, nas vezes de dormir (fotos) ou pensar no Reumon-gel.....afinal ainda parecem todos muito novos para essas lamechices!
Por isso, aproveitem a estadia para mostrar que são uma equipa de vencedores natos... eu sei que são capazes... rgalega